segunda-feira, 21 de maio de 2012

Invocação de Namaah

Vos invoco agora, ó sensual sedutora demoníaca, cujos encantamentos fizeram as estrelas mais brilhantes do céu caírem sobre a terra para despertarem nossos espíritos com suas obscuras luzes luciferianas!
Bela e mortal Deusa Naamah, através de Vossas chamas,permita-me adentrar em Vossa escuridão, revelando-me a verdade proibida e escondida por trás dos finos e ilusórios véus existenciais da causalidade!
Conceda-me os poderes provindos de Vossas sangrentas teias da morte, para que eu possa manipular os reis e poderosos deste mundo como marionetes. Conceda-me a sabedoria e o poder para tecer minha própria estrada do destino!
Deusa demoníaca da prostituição, Vós que concede a todos que estão dispostos pagar a preço de sangue o que procuram, conceda-me a entrada no íntimo de Vossos segredos ocultos, deixando-me inflamado em Vossa escuridão radiante!
Naamah, deusa da escuridão e de todos os terrores de Nahemoth, em nome do Senhor Satanás e de Ama Lilith, ouça agora as invocações de Vosso filho (a) fiel concedendo-me os desejos luxuriantes e absolutos.
Naamah Nahema Nahemoth, Liftoach Shaari ha-Sitra AHRA! 11x

Tradução by Lilith - text- TOBL

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Série demonologia - Demônios (B)

Baal: Na demonologia, é representado como o grão–duque do inferno, chefe dos exércitos, comandante direto de legiões de demônios. Representado com três cabeças, sendo uma de gato, outra de homem e a terceira de um sapo. Seu corpo, bastante forte, termina em pernas de aranha, podendo se tornar invisível. Entretanto, através da história, Baal teve outras designações, sendo considerado a divindade suprema dos fenícios e dos cartagineses, para quem eram sacrificados crianças a fim de garantir fartas colheitas, bem como a segurança contra os inimigos. Servia ainda para designar muitas deidades. É também o deus semítico da fertilidade, cuja adoração era associada à grosseria sexual. Aparece na Bíblia, com diferentes predicados: Baal, Senhor da Aliança, Baal – Zebul – O Baal das Moscas, que aparece na Vulgata - versão latina da Bíblia, revista por São Jerônimo – com sentido pejorativo . Entre os sumérios e babilônicos, assume a forma de Bel, Bel-Mardux. Os Baalim eram protetorers dos oráculos- templos – sendo certo que alguns reis de Israel incentivaram seu culto, o que motivou a reação dos profetas. É uma palavra hebraica que significa senhor, marido, dono, sendo certo que nos primeiros tempos usavam o termo Baal para o verdadeiro Deus.
Baalzebu ou Belzebu: O príncipe dos diabos. É usado no Novo Testamento, para identificar Satã. Na demonologia, ele é o primeiro ministro dos espíritos malignos, o "Senhor das Moscas”, manda moscas arruinarem a colheita e o povo de Canaã prestava-lhe homenagem na forma de uma mosca. Figura aterrorizante, enorme, preto, inchado, chifrudo, cercado de fogos e com asas de morcego. Milton, no Paraíso Perdido, descreve-o como um rei autoritário, cuja face irradia sabedoria. Baalberith: Demônio de Segunda ordem, senhor dos casamentos, secretário, chefe e arquivista do inferno. O demonologista I. Wier representa-o como um pontífice sentado entre os príncipes do inferno. Bael: Primeiro rei do inferno, comandante de 60 legiões, possuidor de três cabeças, sendo uma com a figura de um gato, a outra de um sapo e a terceira de um homem.
Balaam: Um dos demônios maus que se apossou da madre Joana dos Anjos. A paixão de Balaam era a mais perigosa de todas. Identificado como um demônio de três cabeças, cavalgando um urso e carregando um falcão em suas mãos. Uma das cabeças era semelhante á de um touro, a outra igual à de um homem e a terceira de um carneiro. No Velho Testamento, aparece o nome de Balaão, profeta, vidente e adivinho, originário da cidade mesopotâmica de Petor . Diz a lenda bíblica que , convocada por Balak, filho de Sefor, rei de Moavo, a ir ao encontro dos israelitas para amaldicoá-los, pôs-se a caminho, montado numa burra, quando lhe surgiu um anjo, com uma espada nua . O animal parou, recusando-se a andar. A burra, dotada com o Dom da palavra, condenou a sua crueldade. Deus, então, abriu os olhos de Balaão, que viu o anjo e assim, em vez de amaldiçoar os israelenses, abençoouos. Barão: Demônio criado sob as instruções do barão Gilles de Rais (1404-1440). Este, morto pela Inquisição após um processo que ainda gera controvérsias, foi acusado de sacrificar mãos e corações de criancinhas para obter o segredo da pedra filosofal, ou seja, descobrir a maneira de transformar metais em ouro.
Barbatos: um dos três demônios a serviço de Eleuretty, tenente-general das forças do inferno. Batsaum – Rasha: Demônio turco invocado para produzir bom tempo ou chuva.
Bechard: Demônio que pode ser invocado por satanistas, usando a expressão "Vem Bechard – Vem Bechard”. Sua invocação deve ser feita ás quintas-feiras, chamando-o três ou quatro vezes no centro de um círculo, exigindo ele, com pagamento pela sua presença e seus serviços, tão somente uma noz. Belfegor: O demônio das descobertas, seduzindo os homens com a distribuição de riquezas. Algumas vezes aparece com uma mulher jovem e sedutora. Alguns rabinos dizem que ele está sentado numa cadeira.
Belial: Do hebraico BELLHHARAR, que quer dizer "inútil”, sem valor. Sinônimo de Satã e também de Belzebu, com designativo do chefe dos demônios. No Novo Testamento, aparece uma vez (Segunda Epístola aos Coríntios, 6, 15). O mais imoral de todos os diabos. No Livro das Revelações, e cognominado "a besta”. Num dos pergaminhos encontrados no Mar Morto, aparece com o chefe das forças do mal. Sua intenção é fazer proliferar a perversidade e a culpa. Alguns o identificam com o anticristo. No primeiro século d.C. foi considerado o anjo da desordem que governa o mundo. É o demônio da pederastia e cultiva a sodomia. Algumas vezes é representado numa carruagem de fogo. Há um trabalho alemão da Idade Média, exclusivamente a seu respeito, denominado Das Buch Belial. Segundo ainda, o Novo Dicionário de Personagens Bíblicas, de José Schiavo (pag. 118), seria um monstro fictício, mencionado no Apocalipse sob o misterioso número 666. Possuía sete chifres e sete cabeças, ostentando sobre cada cabeça sete nomes blasfemos e , sobre os chifres, dez diademas . Assemelha –se a uma pantera, com os pés de urso e boca de leão. Noutro passo, é mencionado como possuindo dois chifres, falando com um dragão. Alguns intérpretes o deram com figuração dos falsos profetas advindo da Ásia.
Besta: Pseudônimo do próprio Diabo. No Livro das Revelações, o apóstolo João fala de duas bestas, sendo que uma sai do mar, com um leopardo de dez chifres e sete cabeças, pés de urso e mandíbula de leão, e outra que vem a terra, como dois chifres, parecendo um dragão. Trata-se de uma visão do apóstolo João (Livro das Revelações, 13, 14, 17, 3, 8, 11). O profeta Daniel teve uma visão de quatro bestas representativas de quatro sucessivos impérios que se destruiriam uns aos outros. Todas as quatro representariam Satã. Comumente é tomado como o anticristo.
Beyerevra: Demônio indiano, mestre das almas que vagueiam pelo espaço.
Bonifarce: Um dos demônios que se apossou de Elisabeth Allier, freira francesa do século XVII. Conta à história que essa foi exorcizada em 1639, com muito sucesso, por Francois Faconnet - estava possuida por dois demônios, Bonifarce e Orgeuil, havia mais de vinte anos, admitindo-se que esses demônios tenham entrado em seu corpo quando ela tinha 7 anos de idade , por meio de pão que havia sido colocado em sua boca .
Buer: Demônio de Segunda grandeza, comandante de 50 legiões, com cabeça de leão. Locomove-se com cinco pés de bode, na forma de uma estrela.

Série demonologia - Demônios (A)

Estes são os principais demônios na história de muitos povos, através dos séculos.

Aaba: Demônio fêmeo, de beleza irresistível, com capacidade de poder se apresentar com mulher e seduzir quem bem desejasse. Contudo, curiosamente, era incapaz de presenciar derramamento de sangue.
Aamon: Um dos três demônios a serviço de Satanaquia e comandante da primeira legião do inferno. É a suprema divindade dos egípcios. Demônio que se apresenta com cabeça de lobo, cauda de serpente, sempre remitando fogo.
Aarão: Comandava legiões de demônios, sendo adepto da magia negra, considerando "Aaron, fil diboli” (Aarão, filho do diabo). Feiticeiro bizantino, possuidor da chave de Salomão, construtor do tempo de Salomão. Não confundir com Aarão, irmão do primogênito de Moisés, primeiro sumo sacerdote dos hebreus, que permitiu, na ausência de Moisés, que os hebreus sacrificassem ao Bezerro de Ouro e morreu na montanha de Hor, antes de entrar na terra da Promissão.
Abadom: Também conhecido por Apollyon, significando "O destruidor". E o nome dado ao anjo do abismo ou da morte ou do inferno, no Apocalipse, por São João, sendo identificado como o anjo exterminador, no versículo 10-23, capitulo 12 do livro do Êxodo. Mencionado também, no primeiro capitulo do livro da Revelação, com o chefe dos demônios – gafanhotos, o soberano do Poço Sem Fundo (Judas, 6) e o rei dos demônios no livro do Êxodo, assim está escrito. "Porque o senhor passara ferindo os egípcios e quando ele vir este sangue sobre a verga das vossas portas, e sobre as duas umbreiras, passara a porta da vossa casa e não deixara entrar nela o anjo exterminador a ferir-vos".
Abassay: Gêmeo maléfico ou diabrete, na língua tupi entre as tribos negras ocidentais, nos territórios da antiga África Francesa, era tido como o deus que povoou o mundo. Na Anthologia Negra, de Blaisse Pendars, consta que Abassi, sentado em seu trono, fez todas as coisas, superiores e inferiores, no mundo inteiro. Todos os homens habitavam o céu, na havendo homens na Terra. A pedido de Altair, entidade divina das tribos negras da antiga África ocidental francesa, fez com que os homens passassem a habitar a Terra.
Abigor: Demônio que comandava 60 legiões infernais, em seu cavalo com asas, tinha a capacidade de prever o futuro, alem de ser conhecedor de todos os segredos da arte de guerrear. Carregava sempre consigo uma lança, estandarte ou cetro.
Abraxas: Demônio que era representado com uma cabeça de galo, grande barriga e rabo cheio de nos. Sempre carregava consigo um chicote e um escudo. Usado também, como termo místico, muito em voga entre os gnósticos. Na numeração grega, suas sete letras, Abraxas ou Abracax, denotam o numero 365 – supostamente, a soma total dos espíritos que emanam de deus. Para os ocultistas, a palavra tinha poderes mágicos e, gravada em pedras, poderia ser usada como amuleto ou talismã, para dar sorte. Daí a origem da palavra magica Abracadabra, que protege as pessoas do mal, de doenças, da morte e abre todas as portas. Essa curiosa palavra foi usada, pela primeira vez, no século 11 d.C. , por Quintus Serenus Sammonius, sábio responsável pela saúde do imperador romano, sendo sua origem desconhecida. No ano 208, foi mencionada em certo poema, quando o imperador Severus esteve na Gran Bretanha, como cura certa contra a febre terçã, que e aquela que se repete com três dias de intervalo. Aparece no denominado "Triângulo Mágico”, que tem conexão com outros conceitos do ocultismo, inclusive no simbolismo do Tarot, e para ter melhor resultado deve ser escrita na forma de um triângulo, sendo colocada em volta do pescoço.
Abramelech: Tido como presidente do alto Conselho dos diabos, grande chanceler do inferno e superintendente do guarda-roupa do Diabo. Foi sempre representado na forma de uma mula, com torso humano e rabo de pavão.
Agatodemon: Termo grego designado demônio beneficente, que acompanha as pessoas por toda a vida. Segundo diz a lenda, Sócrates, o grande filósofo grego (468- 400 AC), tinha um demônio semelhante, que o acompanhava sempre.
Agaures: Grão-duque da parte ocidental do inferno, comandante de 31 legiões de demônios, ensinando línguas, fazendo com que os espíritos terrestres dancem e distraiam seus inimigos, sendo ainda considerado primeiro ministro de Lúcifer. Costuma aparecer como nobre senhor, trazendo um gavião no punho, vestindo túnica, montado a cavalo, levando consigo um crocodilo.
Ahriman: Igual ao espírito do mal, irmão gêmeo de Ormuzd, espírito do Bem, no zoroastrismo. Aligar: Um dos três demônios à disposição de fleretty, o tenente-general das legiões do inferno. Tem o poder de concluir as coisas que se desejavam e pode fazer cair granizo. Comanda os demônios Abigar, Batim e Tursã.
Alijenu: espírito do mal. Espírito diabólico. Allatou: Esposa de Nergal, demônio chefe da polícia do inferno, encarregado da denominada Corte Infernal. Nergal era espião honorário de Belzebu. Na religião sumeriano – acadiana, designava demônio do mal, da morte. É descendente e serviçal de Eresshkigal, "senhora do grande lugar”, rainha do mundo dos mortos nos textos sumerianos, ela reina no seu palácio, sempre guardando a fonte da vida. Seu nome familiar é Namar e na religião assírio – babilônica Allatou é a deusa do submundo, consorte de Bel e, posteriormente, de Nergal.
Aliocer: Grão – duque do inferno, comandante poderoso de 36 legiões infernais, possuindo cabeça de leão, com chifres e olhos flamejantes, sendo que seu enorme cavalo possui patas de dragão.
Alu: Demônio da Mesopotâmia, com feições de cachorro, preferindo o silêncio e a escuridão. Foi escrito e pintado, por alguns artistas, apresentando-se sem pernas, ouvido e boca.
Aluga ou Alougua: Demônio fêmeo, que era ao mesmo tempo súcubo e vampiro, acostumado a levar os homens à exaustão e depois ao suicídio.
Aman: Um dos demônios que costumava possuir madre Joana dos Anjos. Foi um dos primeiros demônios que ela mandou expulsar. Nada a ver com a figura bíblica (Velho Testamento), personagem que foi primeiro – ministro de Assuero (Nerses), rei da Pérsia, que planejou o extermínio dos judeus no país, no que foi impedido por Mardoqueu e sua sobrinha Ester, concubina do rei. Esse fato é considerado lendário para justificar a instituição da festa judaica intitulada Purim, celebrada nos dias 14 e 15 do mês de Adar, correspondente a fevereiro – março do calendário.
Amane: Segundo o livro de Enoque (Enoch), espécie de apocalipse dos primeiros tempos do Cristianismo, não admitido nos cânones dos livros sagrados, era um dos chefes dos duzentos anjos que se rebelaram contra Deus e que prometeu recrutar vassalos em Samiaza.
Amaduscias: Grão-duque do inferno, comandava 30 legiões e possuía cabeça de unicórnio, aparecendo muitas vezes com forma humana, costumava dar concertos invisíveis, fazendo com que as árvores balançassem ao som de sua voz.
András:  Marquês do inferno, demônio com cabeça de coruja, com o corpo nu de um anjo alado, cavalgando sempre um lobo e brandindo sua espada. Couto Magalhães classifica-o com o deus que protege os animais do campo contra o abuso da caça. Sua figura é a de um veado branco, com olhos de fogo. Barbosa Rodrigues diz que no Amazonas, quando o Anhangá aparece no homem, é sempre sob a forma de um veado, cor vermelha, cruz na testa, olhar de fogo e chifres cobertos de pelo. Os tupinólogos Teodoro Sampaio e Testavim traduziram o termo por "alma” , espírito maligno, diabo , alma de finados .
Asper: Principal inimigo do deus Sol no Egito antigo, sendo considerado o próprio demônio, a serpente da noite. Nenhuma relação teria com as personagens do dialogo de Oratoribus. Diálogo dos Oradores, abribuido a Tácito, notável historiador latino que viveu entre 56 e 120 DC.
Asmodeu: Segundo o Dicionário Bíblico, é o demônio que assediava Sara, filha de Raquel, tendo matado seus sete primeiros maridos no próprio dia do casamento, até que veio a ser subjugado pelo anjo Rafael (Tobias 3,8; 6,14; 8,2). Considerado o demônio bíblico da ira e da luxúria. Do hebreu Asmoday ou Acheneday, é o demônio chefe de Shedin, uma classe dos demônios com garras de galo. Na demonologia judaica, considerado o espírito do mal, sendo que seu berço é o Avesta, o livro sagrado da religião de Zoroastro, profeta persa, fundador do Zoroastrismo, apelido dado pelo filósofo Nietzche como Zarastustra. O Zorgastrismo ou Zoroastrismo tem como principal característica o dualismo, o princípio do Bem e do Mal. Conta à história que o anjo Rafael capturou Asmodeu e perdeu-o no deserto egípcio, permitindo assim que Sara se cassasse com Tobias, que veio a ficar cego e posteriormente foi curado por seu filho, graças a interferencia do anjo Rafael. Na demonologia, é o superintendente ds casas de jogos na corte infernal. Costuma ser representado com três cabeças diferentes, sendo uma de touro, outra de homem com hálito de fogo e a terceira de carneiro. Dizem Ter ele destronado Salomão, que acabou por vencelo, obrigando-o a construir um templo.
Astaroth: Grão-duque importante e poderoso na região oeste do inferno, casado com Astartéia, tida como a deusa fenícia da Lua. Quando novas leis são propostas, costuma emitir sua opinião. É, sempre representado com um anjo nu, coroado, montando um dragão, segurando em sua mão esquerda uma serpente. É também o tesoureiro do inferno, exalando profundo mau cheiro, verdadeiramente insuportável. Astartéia, tida como sua esposa, é considerada a divindade dos povos semíticos, a deusa do céu, sendo a protetora de várias cidades e muitas vezes honrada com sacrifícios humanos.
Asura: Classe de deuses soberanos na mitologia védica, que acabaram sendo considerados demônios. Inimigos dos Devas, divindades que representavam o Bem e nas regiões da Índia, serima todos os seres divinos.
Ayperos: Príncipe infernal, comandante de 356 legiões, sendo representado como um abutre dotado de capacidade de prever o futuro. Ayphos: Um dos três demônios obedientes aos desejos de Náberus, marechal-de-campo do Inferno.
Azazel: Demônio de origem hebraica. O Levítico menciona-o como o bode expiatório, enviado ao deserto. "Deitando sortes sobre os dois bodes, para ver qual deles será imolado ao Senhor, e qual será o bode emissário. E para espiar o santuário das impurezas dos filhos de Israel, das suas prevaricações contra a lei, e de todos os seus pecados”. (L 6,8-34). De acordo com o livro de Enoque, é um dos 200 anjos que se rebelaram contra Deus. Nos escritos apocalípticos é o poder do mal cósmico, identificado pelos impulsos dos homens maus e da morte. Eles teriam vindo à Terra, para esposar os humanos e criar uma raça de gigantes. O Livro das Revelações, de Abraão, descreve-o como uma criatura impura e com asas. É identificado como a serpente que tentou Eva e que poderia ser o pai de Caim. No século II os búlgaros bogomilianos concordavam que Satanael teria seduzido Eva e que ele, não Adão, era o pai de Caim. A maioria dos bogomilianos foi queimada viva pelo imperador bizantino Alexis. Os Atos dos Apóstolos falam, ainda, em outros três demônios, a saber: LILITH, divindade maléfica do sexo feminino, desencadeadora de tempestades, espécie de fantasma noctívago, que os babilônios chamavam de Lilitu. Antiga tradição popular judaica afirma que Lilith teria sido a primeira mulher de Adão, BERGAR, cujo sentido é o de maligno e comparado, por São Paulo, como anticristo, e ASMODEU, conforme já exclarecido, aparece no livro de Tobias como o assassino dos maridos de Sara.
Azidahaka: demônio na religião de Zoroastro, que tomou a forma de serpente, possuidora de três presas.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Lilith, a caverna obscura!

Esse texto possui trechos de traduções de Thomas Karlson

Lilith, Mãe dos Demônios, Rainha dos Vampiros, Governanta das Meretrizes e a Imperatriz do Mal é uma deidade que tem assombrado a humanidade desde o tempo dos Sumérios e até os dias atuais. Ela é mencionada em antigos manuscritos sumérios como “Lil” e era temida como a demoníaca tempestade arrasadora.

Posteriormente, seu nome seria associado com a palavra semita “Layil”, que significa: “a noite”. Lilith é temida como também desejada em razão de sua beleza mítica. Nas noites, assombra homens e mulheres e seduz todos aqueles que estão adormecidos, irradiando prazeres sexuais que superam tudo o que poderia ser gerado em nível material. Lilith é mencionada em antigos textos judeus como o “Zohar” e o “Talmud” e, no manuscrito “Alfa Bet Ben Sira”, a clássica história de Lilith é relatada.

Segundo a lenda, foi a primeira esposa de Adão criada independentemente dele ( com o mesmo “barro vermelho”). Resumidamente, Lilith se recusou à submissão sexual imposta pelo marido e, repleta de revolta com a “dita” soberania masculina, retirou-se do “Éden” para o deserto onde encontrou as amaldiçoadas criaturas banidas pelo Criador. Uniu-se com o soberano Samael (anjo caído) dando origem à uma casta de demônios.

Dentre a grandeza do misticismo judeu, Lilith é considerada a lua primeva que irradiava luz através de sua própria força não necessitando do Sol como fonte. Dito é que a grande punição foi retirar da Lua sua autonomia energética submetendo-a à Luz e energia solar. Essa transição ocorre justamente com o aparecimento de Eva (2ª esposa de Adão), mulher calma, submissa e subordinada à deidade masculina. Lilith, que possuía luz foi exilada às trevas do deserto.

Através de sua condenação, Lilith transformou-se dentro da existência sombria tornando sua existência qliphótica. Governante da qlipha “Gamaliel”, Lilith é um grande portal para a obscura “Árvore da Morte”. “Gamaliel” representa o próprio lado noturno de todo plano material onde a Deusa é a própria natureza sombria da Lua, regente dos sonhos e pesadelos pecaminosos.

A Qlipha “Lilith” (também conhecida como Nahemoth) corresponde ao selvagem e ao carnal. Lilith é chamada de “a alma dos animais selvagens” (Zohar 1:34ª) e “Mãe Terra” em seus aspectos mais destruidores e violentos. Entre os antigos sumérios era chamada “Lil” e representava as tempestades destrutivas e furacões. Esotericamente, é o aspecto incontrolável contido na existência física do homem. Assim, o homem que tenta negar e reprimir esses aspectos cria uma estrutura para sua existência na qual essa força selvagem é incapaz de se harmonizar, todavia, essa força incessantemente penetra nas estruturas com tamanha selvageria que derruba todas as tentativas de criar um pacífico Éden.

Lilith não repousará abaixo (não se manterá no “Coagula”). Isso pode ser visto como uma metáfora da “Mãe Terra” que não permite ser explorada. A qualquer momento Ela pode “abrir seu útero negro” e engolir os monumentos fálicos do homem, pois é a deusa gótica que produz os terremotos que devoram os “arranha-céus e torres das igrejas” triturando-os dentro das trevas de seu útero despertando os demônios em todos, inclusive na mente dos sensíveis ateus.

Artistas românticos como Caspar David Friedrich e Arnold Böcklin, retratam-na em seus trabalhos como as forças sublimes da natureza que conquistam a civilização humana. As pinturas desses artistas, que descrevem como uma natureza sombria e grandiosa abre o portal para o outro lado, apresentam ao mago uma boa imagem de como a qlipha “Lilith” pode parecer.

Lilith é a Mãe dos Demônios e dentro dela que o mago deve buscar as outras Qliphoth.

É em sua direção que o pentagrama obscuro está apontando. O pentagrama da magia negra aponta em direção a terra, ao solo que remete à tempos antigos e primordiais. Este é o solo que fermentou as qliphot, pois as mesmas são a realidade que nos recusamos enxergar. Um mago negro não olha para os céus como o adepto da tradição iluminada, cujo objetivo é a busca de algum mundo paradisíaco; utópico. Um mago negro olha para baixo em direção a terra para buscar os tesouros escondidos por milhares de anos. O útero de Lilith é o portal para o submundo e as esferas das qliphoticas ,porém, para o mago ser capaz de atingir as regiões inconscientes onde os maiores tesouros, forças e habilidades podem ser encontrados, deve penetrar no útero da Deusa Sinistra. É também em seu útero que o mago conjura os demônios das qliphoth. O útero de Lilith é o túmulo que o adepto das trevas adentra livremente, densificando-se até o submundo “Reino da Morte” em uma jornada iniciatória em direção ao renascimento.

Na verdade, encontrar a Qlipha Lilith é a primeira dificuldade para o mago Qliphótico. Lilith é o “antimundus” em oposição à esfera mundana, Malkuth. Isso significa que ela existe no meio de nosso mundo, mas em aspectos cuja grande maioria dos homens ignora e reprime. Através de uma exploração dos princípios que compõem a esfera mundana, o indivíduo pode encontrar a qlipha Lilith indo além e contra esses princípios.

Estar desperto significa obter o nível mental básico de consciência na existência humana. Sono é a ausência do estado desperto assim como representa o útero da qlipha Lilith. Partes reprimidas de nossa mente aparecem em sonhos tomando formas demoníacas, pecaminosas e amorais que refletem tanto nossos desejos como nossos medos.

A qlipha Lilith pode abrir seus portais através de meios inesperados e nos mais inusitados lugares. Por exemplo, um banco no meio da cidade, que por alguma razão misteriosa é raramente escolhido ou mesmo visto por pedestres, pode ser um portal para os mundos de Lilith.

Uma palavra antiquada dita em um contexto peculiar pode ser a forma que causa a abertura de seu útero. Um meio efetivo de entrar em contato com a qlipha Lilith é sair até a natureza selvagem à noite e meditar na escuridão onde os objetos não são mais tão visíveis, pois nublam-se numa névoa obscura. Sob tais circunstâncias, Lilith pode ser encontrada. A escuridão é seu útero e esse é o objetivo das evocações do mago.

Incontáveis encantamentos têm sido usados para tentar banir Lilith. Podemos citar o medalhão aos três anjos perseguidores (Snvi, Snsvi, and Smnglof), mas muitas fórmulas invocatórias tem sido criadas e desenvolvidas pelos magos obscuros para conectar essa força.Dito é que se a seguinte fórmula for cantada/repetida treze vezes, supõe-se que Lilith apareça:

“Marag Ama Lilith Rimok Samalo Naamah”


Durante o contato com a Qlipha Lilith uma idéia abstrata ou forte impulso emocional pode ser recebido. Em outros casos, o mago pode encontrar o demônio governante da Qlipha ou adentrar os túneis Qliphóticos. A Qlipha Lilith é governada por um demônio feminino chamada Naamah. Ela tem sido chamada de filha ou irmã mais nova de Lilith.

Descrita em algumas visões, aparece como uma poderosa rainha vestida com vestes ricas adornada com muitas jóias. Algumas vezes é sedutora, noutras pode ter uma natureza tirânica. Quando o mago quer canalizar a força da Qlipha, Naamah é invocada. Esta força é usada principalmente em rituais que visam influenciar e controlar níveis materiais.

Lilith é o lado negro da Shekinah, corresponde à Sophia Gnóstica e à Shaki Tântrica. A Shekinah, Sophia e Shakti são a sabedoria e força que estão ocultas no plano material. Quando ela desperta, essa deusa obscura pode levar o homem ao nível divino. Nos mitos, essa deusa é comparada à uma serpente e corresponde à terrível força primordial que existiu no início dos tempos antes do deus masculino criar sua luz e o mundo. Ela é Leviatã ou Timat: o antigo caos que existiu antes do cosmo ter sido criado.

Na tradição Tântrica, Lilith possui aspectos similares à deusa Kali. Kali é a selvagem força vermelha que dança em êxtase e destrói com uma mão e cria com a outra. Ela é tanto o veneno que traz sono como a sabedoria que pode despertar. Kali corresponde ao vulcão latente que aflora no homem e é chamado de Kundalini, frequentemente correlacionado a uma serpente ou dragão (Taninsan).

Na terminologia Tântrica, Lilith corresponde à parte anterior ou interior do Muladhara Chakra. Muladhara é a zona de energia que está localizada entre o ânus e as genitais, donde o dragão adormecido (Kundalini Negra/Taninsan) repousa. Um modo de contatar Lilith é meditar no Muladhara Chakra. O Muladhara é comparado à uma lótus vermelha e o mago deve meditar na parte anterior da lótus nesse caso. Aqui a primeira caverna Qliphótica pode ser encontrada onde o Dragão adormece pronto para despertar.

terça-feira, 10 de abril de 2012

O Credo Vampírico


Eu sou um Vampiro.
Eu adoro meu ego e adoro minha vida, pois sou o único Deus que existe.
Eu tenho orgulho de ser um animal predador e honro meus instintos animais.
Eu exalto minha mente racional e não acredito que isso seja um desafio da razão.
Eu reconheço a diferença entre o mundo real e a fantasia.
Eu reconheço que a sobrevivência é a Lei mais forte.
Eu reconheço que os poderes da escuridão escondem Leis naturais através das quais posso fazer minha magia.
Sei que minhas crenças em rituais são mera fantasia, porém,  a magia é real e respeito e reconheço os efeitos do que pratico noturnamente.
Eu percebo que não há céu nem inferno e vejo a morte como destruidora da vida.
Portanto, tirarei o máximo de proveito da vida aqui e agora!
Eu sou um Vampiro!
Curve-se a mim!
Trad.´"Bíblia Vampírica"